Uma resenha maçônica Destaque
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Uma resenha maçônica

Em Cultura Revolucionária estabelecemos que a partir da Revolução Francesa a religião do Novo Mundo seria maçônica, sendo os iluminados da ocasião os “recém empossados” sacerdotes de uma nova verdade, agora sim, devidamente racionalizada, pela primeira vez na História, por pensadores imparciais, ou, sendo mais literal, pensadores livres da influência religiosa que teria obscurecido a Filosofia e a Ciência desde a Antiguidade.

Para que este grande projeto revolucionário pudesse prosperar seria necessário abolir da face da Terra a Monarquia e a Igreja Católica, que segundo os novos iluminados foi a aliança responsável por toda a injustiça e iniquidade suportada pela humanidade ao longo dos tempos. E assim nasceu uma casta aristocrática que passaria a governar, já em fins do século XVIII, toda a Europa Continental e as novas potências emergentes do outro lado do Atlântico.

Então chegamos na questão central objeto deste artigo; o que sabemos da Maçonaria? Acredito que 99,9% da população brasileira responderia um despretensioso: já ouvi falar, mas nem sei bem o que é! Essa dificuldade na obtenção de informações precisas e materiais bibliográficos referentes à principal fonte de Poder vigente no mundo ocidental há mais de duzentos anos é, por si só, uma conspiração. E sendo isso puramente um dado da realidade, cabe-nos concluir que nos mantemos até hoje absolutamente alienados da verdadeira geopolítica que nos governa.


*Segundo reza a Biblioteca Maçônica ou Instrução Completa Franco-Maçon, editada em Paris em 1854 e aprovada pelo Grande Oriente do Brasil, os antigos mistérios judaicos servem de tronco à Maçonaria Moderna. Alguns israelitas, tendo habitado o Egito e voltado, depois, à Judéia, fundaram em 1.550 a.C. três seitas; Ciniana, Recabites e Essênia. “Os iniciados nos mistérios Essênios viviam como “Irmãos” e a iniciação a seus mistérios não era facilmente concedida (vol. 1˚, págs. 43-44)”. No seu Cours complete de Maçonerie, o maçon Vassal ensina que os mistérios maçônicos dos Essênios precederam os de Salomão, que nada mais foi senão o seu restaurador ou reformador. Daí a lenda concernente à fundação da Maçonaria durante a construção do Templo salomônico. Tanto assim que, – diz a Instrução Completa citada à pág. 46 do vol. 1˚, -“a esperança de tornar um dia a reconstruir o Templo de Salomão foi introduzida nos mistérios maçônicos”. Acrescenta à pág. 47 que os iniciados Essênios, espalhados pela superfície do globo, continuaram a transmitir os seus mistérios.

E mais, textualmente:

“Mas é principalmente depois do estabelecimento dos Bárbaros na Europa, que os judeus, então os únicos viajantes, necessitados de uma proteção cosmopolita, entraram em grande número de lojas e lá fizeram prevalecer seus usos e costumes. As insígnias maçônicas fizeram cair em desuso as da Iniciação primitiva: e a iniciação mesma perdeu e trocou seu nome pelo de Maçonaria.”

Como se vê, documentalmente, a maçonaria nada tem de nacional na sua origem e na sua vitalidade. Nada tem de brasileira, a não ser o disfarce do nome. É judaica e internacional. A mesma Instrução Completa, vol. I, págs. 101 e segs., enumera os Ritos principais da Maçonaria. O 1˚ é o Rito Simbólico, que existe em toda a parte do globo, com três graus. O 2˚ é o Rito Escocês, com trinta e três graus, sendo que seu grau 32˚ é consagrado ao “comando militar da Ordem” (o que não deixa de ser bastante curioso). O 3˚ é o Rito Moderno ou Francês, com sete graus em duas séries. A “Constituição” do Grande Oriente do Brasil reconhece os seguintes Ritos: Escocês antigo e aceito, Francês, York e Schröder. Que há de nacional, de brasileiro numa organização dessa natureza?

Além desses Ritos, há outras Ordens Maçônicas como os Martinistas, os Cabalistas, os Rosa-Cruz da Alemanha, os Carbonários da Itália e os Iluminados da Baviera, subdivididos em múltiplas associações.  Para fazer parte da Maçonaria, pronunciam-se juramentos terríveis, que mostram haver lá dentro segredos também terríveis. Em nenhuma conspiração se exigem
compromissos tão fortes. Podem ser lidos na citada publicação oficiosa. A págs. 191-192, vem o juramento do Aprendiz, 1˚ grau:

“Juro e prometo sobre os Estatutos Gerais da Ordem e sobre esta espada, símbolo da honra, perante o Grande Arquiteto do Universo, guardar inviolavelmente todos os segredos que me forem confiados por esta Respeitável Loja, bem como tudo o que eu nela vir e ouvir; nunca escrevê-los, traçá-los ou deixar deles vestígios de qualquer maneira que seja, sem que se me seja dado uma licença expressa de a fazer e nesse caso fá-lo-ei do modo que me for indicado. Prometo amar meus Irmãos e socorrê-los, segundo minhas faculdades; prometo além disso, conformar-me com os estatutos e regulamentos desta Respeitável Loja. Consinto, se eu vier a perjurar, que o pescoço me seja cortado, o coração e entranhas arrancados, o meu corpo queimado, reduzido a cinzas e minhas cinzas lançadas ao vento, e que minha memória fique em execração entre todos os maçons!”

A Maçonaria – afirma ser uma sociedade beneficente. Será necessário semelhante juramento para se praticar a beneficência, mesmo ocultamente? – Nega ser sociedade secreta sob o pretexto de ter estatutos devidamente registrados como sociedade civil. Então, para que o juramento repetido de guardar segredo sobre o que há lá dentro, guardá-lo sob pena de morte, como fica provado com os documentos citado? – Garante ser apolítica, mas seus documentos provam o contrário; leiam-se :

Sessão das Lojas Independência e Regeneração, 3˚ em Campinas, Província de São Paulo, em 20 de Junho de 1888. Estas Augustas Lojas, no exercício pleno dos direitos mais artigos de nossa Sublime Ordem, vêm solicitar o concurso e a cooperação dessa Augusta Loja para uma representação ao Sapientíssimo Grande Oriente no sentido que passamos a expor: Em sessão plenária realizada em comum no dia 15 do corrente foi discutida e aprovada a proposta seguinte: “Propomos que essas Augustas Lojas, inspirando-se no Santo Amor da Pátria, se pronunciem com leal franqueza contra a próxima instalação do 3˚ Reinado, pelo previsto, ainda que lamentável, falecimento do Senhor D. Pedro II. A Senhora Princesa Regente, futura Imperatriz do Brasil é notoriamente católica fanática e seu espírito fraco todos sabem que é dirigido pelos padres romanos. O Príncipe consorte, Senhor Conde d’Eu é um homem avarento educado na fatal escola do direito divino e do predomínio militar. É claro, portanto, que a futura Imperatriz do Brasil, ou seja pela influência dos seus confessores, ou de seu esposo, presidirá à mais intransigente perseguição à Maçonaria do Brasil. Em tal conjuntura, é dever inelutável de nossa Ordem colocar-se ao lado da Pátria e, CONSPIRAR RESOLUTAMENTE contra o 3˚ Reinado…” Assinaram esta circular de convite para CONSPIRAR os veneráveis, vigilantes, oradores e secretários das duas Lojas.


Aqui podemos traçar um paralelo entre este caldo cultural anticatólico (presente nos estertores do Brasil Império) com a eclosão da Revolução Francesa cem anos antes. Com efeito, a independência do Brasil já foi uma costura política maçônica protagonizada pelo cultuado José Bonifácio de Andrada e Silva. Foi ele o responsável por trazer a então Colônia portuguesa os ideais libertários dos salões de Paris, sendo o século XIX no Brasil marcado pela progressiva perda de influência da Igreja Católica e a ascensão de uma classe política iniciática, principalmente militarizada na segunda metade do século.

A questão religiosa entre a Igreja e a Maçonaria ocorrida durante a década de 1870, que culminou com a prisão de Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira (bispo de Olinda) por ordem do maçon Visconde do Rio Branco, já mostrava que a mãe da pátria já não tinha voz no Brasil. Quando a família Real foi golpeada por uma quartelada de terceira categoria, não havia mais sacerdotes ou nobres para defendê-la. O povo, sem nenhuma consulta prévia, assistiu atônito e servil, a instauração da maçônica República Brasileira, sem dúvida, o mais lastimável acontecimento da nossa História.

É certo que a instalação da Maçonaria no Brasil durante o século XIX não foi tão judaizante como na Europa um século antes, mas o seu caráter internacionalista torna esse fato pouco relevante, uma vez que as diretrizes de suas ações vêm todas de suas respectivas matrizes estrangeiras.

A verdade é que todos os princípios modernos, em linhas gerais, seguem esta gradação: livre exame e todas as formas anárquicas da “liberdade”, individualismo, liberalismo, democracia, república, socialismo, anarquia, e a última etapa, Comunismo; que enfeixa todo o poder social, econômico e político nas mãos dos judeus, conforme o plano por eles delineado e realizado – desorganizar a Europa Cristã!

A Sinagoga e a Maçonaria recorrem a dois meios de ação que lhes deram sempre bom êxito. O primeiro consiste na palavra de ordem que os “Chefes Desconhecidos” enviam aos Grandes Orientes do mundo inteiro e que os Grandes Orientes transmitem às Lojas colocadas sob a sua obediência; o segundo, o mais eficaz, porque atinge ao mesmo tempo os adeptos e os profanos; é a IMPRENSA que o fornece. Todo aquele que dispõe da imprensa é senhor da opinião.

Ora, é bom que se saiba que, em todos os pontos da Europa e da América do Norte, o jornalismo antipatriota e antirreligioso pertence aos judeus e serve aos interesses da Maçonaria, que se confundem com os da Sinagoga. Quando a imprensa pseudo republicana, maçônica, solta em todos os pontos o mesmo grito de guerra, se faz eco da mesma ideia, ou reproduz a mesma calúnia, a opinião pública, a princípio um pouco surpresa, hesita em acreditar, depois acaba, enfadadamente, entregando os pontos.

Ainda no século XIX, o revmo. Padre de Ratisbonne, um judeu francês convertido
ao catolicismo, deu um retrato vivo dos seus ex-correligionários:

“Naturalmente hábeis, engenhosos, e possuídos do instinto do domínio, diz ele, os judeus invadiram gradualmente todas as avenidas que conduzem às riquezas, às dignidades e ao poder. O seu espírito infiltrou-se pouco a pouco na civilização moderna. Dirigem a bolsa, a imprensa, o teatro, a literatura, as administrações, as grandes vias de comunicação na terra e no mar; e, pelo ascendente da sua fortuna e seu gênio, têm encerrada, na hora presente, como numa rede, toda a sociedade cristã”.

Depois de quatro séculos de ataques, entrava o século XX na Europa sob novas perspectivas. A cristandade católica que guiara por mil e quinhentos anos a mais esplendorosa civilização conhecida na História, encontrava-se subjugada. A Revolução Protestante foi a primeira fratura espiritual desse processo:

“Todo católico que se torna protestante, disse Alexandre Weil, dá um passo para o judaísmo. Todo protestante, seria mais justo dizer, é pela metade judeu”.

“Um protestante, disse Heine, é um católico que deixa a idolatria trinitária a fim de marchar para o monoteísmo judeu”.

Os abusos de Poder mundano que de tempos em tempos assombram o Vaticano, de maneira alguma fazem verdadeiras as teses teológicas luteranas. Tudo o que se seguiu à Reforma Protestante foi uma metafísica voltada para o misticismo em detrimento da corrente racional do intelecto defendida pelos escolásticos católicos. A separação radical do mundo exterior da mente humana no universo cartesiano do séc. XVII (Ciência e Filosofia) também foi um marco nesse caminho. Daí em diante, a modernidade tornar-se-ia um conto de Nicolau Maquiavel em escala global: Revolução Francesa – Guerras Napoleônicas – Grandes Guerras Mundiais. Difícil apontar onde o Deus cristão encontrava-se nesse contexto. Eis aí o grande legado do racionalismo ateísta!

Por fim, cabe-me relembrar aos meus estimados leitores que a base da civilização cristã se deu sob as luzes do Evangelho, da doutrina trinitária e da filosofia escolástica; todas decorrentes da divina presença do verbo encarnado entre nós. Daí não advém trevas, obscurantismo, segredo, nem sede de poder; somente a reta razão para uma vida e morte com dignidade.

*Trecho retirado do livro A Maçonaria Seita Judaica de L. Bertrand tradução de Gustavo Barroso

Autor

Alexandre Castanheira

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Respostas de 9

  1. Alexandre, seus artigos têm me dado uma excelente oportunidade de rever meus conceitos através de colocações contundentes e elucidativas. Precisamos de um nível mais profundo de pensamentos.

  2. Um sintético mas relevante estudo sobre o surgimento da maçonaria e sua difusão pelo mundo.
    Gostei muito, Alexandre, prossiga nessa seara!
    Flávio Ramos

  3. Alexandre, é admirável ver a sua facilidade em “ensinar” sobre a maçonaria nesse artigo. Obrigada. Parabéns pelo conteúdo! Rosângela

  4. Excelente Alexandre.
    Gustavo Barroso, o maior Presidente da Academia Brasileira de Letras de todos os tempos, também descreveu em seu livro “BRASIL Colônia de banqueiros” em 1936, que o nosso país é colônia da casa bancária judaica Rotschild dede 1834. Desde então, eles estão disfarçadamente infiltrados nessas sociedades secretas e a Maçonaria é a matriarca de todas elas. Ela tem a função de organizar essas seitas anti-cristãs, derrubar e também eleger todos os presidentes da republica, mantendo assim o poder e fazendo o que eles fazem de melhor que é enriquecer pela usura.
    Hoje em dia são eles os maiores investidores e beneficiários dessa trama globalista do covidismo.
    Gostei muito de seu artigo, sou um grande admirador de seu trabalho.

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