Moll Flanders
© Max the Movie Guy viai TMDb. Todos os direitos reservados.

‘Moll Flanders’ de Daniel Defoe

Raiz Ocidental
Raiz Ocidental
'Moll Flanders' de Daniel Defoe
Loading
/

Como o autor, Daniel Defoe, nos conta no prefácio, Moll Flanders é a autobiografia de uma mulher “corrompida desde a juventude, ou antes, sendo ela mesma o rebento do vício e da devassidão, aparece para relatar suas práticas viciosas e até para descer às particularidades e circunstâncias que primeiro a tornaram perversa e à escala do crime por ela percorrida em três vintenas de anos, é natural ver-se um escritor em dificuldades para revestir de decência um tal relato, de maneira a não proporcionar a ocasião, especialmente a leitores viciosos, de transformá-lo em desvantagem para o escritor”. Além disso a personagem nasceu em uma penitenciária, casou-se cinco vezes (uma delas com o próprio irmão), foi ladra por outros doze anos e deportada para a Virgínia até finalmente atingir a realização.

O modelo para a personagem deve ter vindo de alguém que o próprio autor conheceu na prisão de Newgate, onde esteve preso por alguns meses em 1703 por razões políticas, ou de uma carta que uma ladra, de volta do exílio, enviou ao jornal que Defoe dirigia. Também há quem veja a inspiração numa personagem real, Mary Frith, a “Moll cortadora de bolsas”. Seja como for, Defoe construiu seu romance com realismo muito original para a época, antecipando a segunda metade do século XIX, mas preservando um sabor jornalístico imprescindível numa época em que o gênero romanesco era praticamente desconhecido.

 

Para mais conteúdos como esse visite: https://raizocidental.com.br/audios/

Augusto Carvalho

Autor

Augusto Carvalho

Nasci no Rio de Janeiro, e aos 15 anos me mudei para Belo Horizonte. Em 2009 conheci o Curso Online de Filosofia do Professor Olavo de Carvalho e desde então passei a acompanhar suas aulas. Nos últimos dez anos morei fora do Brasil retornando em 2020. Ano em que encontrei no Spotify as aulas de alta cultura do José Monir Nasser, de alto nível cultural mas de baixa qualidade de áudio, razão pela qual senti necessidade de não deixar esquecido pelo tempo as valiosas questões ali tratadas. Resgatar a alta cultura e os verdadeiros símbolos que nela existem, foi o que me trouxe ao projeto Raiz Ocidental.
Compartilhe esse conteúdo!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você também pode se interessar